O livro traz um importante documento, uma longa e importante denúncia de violações dos direitos humanos escrita em 1975 por trinta e cinco presos políticos em São Paulo, com uma lista de 233 torturadores.
O livro tem uma apresentação de Adriano Diogo e textos Reinaldo Morano, um dos signatários da carta, Maria Amélia Teles, que estava livre na época e ajudou no "tráfico" de informações para os presos, e um posfácio meu.
Como já algumas pessoas pediram o meu texto, "A carta à OAB em 1975: os presos políticos denunciam a ditadura", e o livro ainda não está disponível na internet [isso mudou; ver no final desta nota], deixo-o na íntegra aqui: https://docs.google.com/file/d/0BxNsVVsXdsDuQ1V5N2FzTXNrY1E/edit?pli=1
Alguns dos signatários estavam presentes. Como, nas reportagens que li, ou somente aparecia Paulo Vannuchi (que falou pouco), ou apenas mostravam um dos momentos da audiência, trago aqui fotos:
Ao lado, Artur Machado Scavone (mais recuado), Paulo de Tarso Vannuchi, Gilberto Luciano Beloque, Reinaldo Morano Filho, José Carlos Giannini, César Augusto Teles, Maria Amélia Teles (que não assinou o documento) e, sentados, Aton Fon Filho, Pedro Rocha, André Tsutomu Ota, Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, Chico Vieira (Francisco Carlos de Andrade).
Na segunda foto, de cima para baixo e da esquerda para a direita: José Carlos Giannini, Chico Vieira, Artur Machado Scavone, Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, Reinaldo Morano Filho, Aton Fon Filho, Gilberto Luciano Beloque, César Augusto Teles, André Tsutomu Ota e Pedro Rocha. Vejam-nos no facebook da Comissão.
A audiência foi pública, o lançamento também; a "clandestinidade" decorre de outro fator: ele deveria ter saído pela própria Assembleia Legislativa, mas o processo de edição ficou completamente parado. A Comissão da Verdade "Rubens Paiva" resolveu, pois, lançá-lo por conta própria, com quinhentos exemplares. Por isso, em nenhuma parte aparece o logo da ALESP. A publicação ficou sem ficha catalográfica, ISBN e até mesmo sem menção a data e local de impressão, o que será um desafio para certos bibliotecários.
Creio que isso é um sinal das várias dificuldades de trabalho e de recursos que as Comissões da Verdade enfrentam no Brasil, mesmo no caso das que realmente estão funcionando, o que é certamente o caso desta.
P.S.: O livro já pode ser baixado integralmente a partir desta ligação: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ustra-lidera-primeira-lista-publica-de-denuncia-contra-torturadores-9465.html/pdf-bagulhao
Nenhum comentário:
Postar um comentário