Talvez seja a primeira antologia de poesia de ficção científica em língua espanhola, informa Axat no prólogo. Não conheça uma equivalente no idioma português. A galáxia criada por Axat é tão inclusiva que estou nela (meu poema sobre as baratas como nova humanidade, que alguns podem achar distópico e/ou fantástico, embora eu pense o oposto).
Como fui incluído, não me cabe resenhar este volume, lançado em edição fora do comércio. Mas posso dar notícia dele, através de um telescópio particular. Divide-se nas seguintes seções: Cosmogonías (Big bang, universo y panspermia), Los astrónomos, Planetas, Lunas y cometas, Constelaciones (Estrellas, galaxias y supernovas), Viajes más allá del tiempo (profecías, distopías, alucinación y sueños, Seres de otros mondos (Robots, superhombres, mutantes, aliens), La carrera espacial (Astronautas, cosmonautas y cohetes), Rock, poesía y ciencia ficción.
A capa e as ilustrações foram feitas por ninguém menos do que o notável Emiliano Bustos (a lista de obras consultadas para realizar as ilustrações está no fim e representa um outro sistema dentro desta galáxia), também presente como poeta, assim como seu pai, Miguel Ángel Bustos, que é uma das vítimas do terror de Estado na Argentina.
Como ele é um desaparecido da última ditadura naquele país, ecoemos a pergunta que feita no início de seu poema "Celestial", incluído em Interestelaria:
Dónde ha ido el celeste de um cielo
de clara llama?[...]Solo quedò el hombreentre los planetas de hierro y espumaque van oscuros e gimen.
P.S.: Talvez não seja inoportuno lembrar que Axat publicou em 2021 um impressionante livro de poesia sobre viagens espaciais, Perros del cosmos, também pela Ediziones en Danza, que é uma obra realmente única.
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