O palco e o mundo


Eu, Pádua Fernandes, dei o título de meu primeiro livro a este blogue porque bem representa os temas sobre que pretendo escrever: assuntos da ordem do palco e da ordem do mundo, bem como aqueles que abrem as fronteiras. Como escreveu Murilo Mendes, de um lado temos "as ruas gritando de luzes e movimentos" e, de outro, "as colunas da ordem e da desordem".

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Missa de 7º dia de Donizete Galvão e mais referências ao poeta



Escrevo para avisar que a missa de 7º dia do poeta Donizete Galvão será em São Paulo, na quarta-feira, dia 5 de fevereiro, às 20 horas, na Paróquia São Francisco de Assis, na Rua Borges Lagoa, 1209 A. Lá, poderemos dar mais um abraço em Ana Tereza, a viúva, e nos filhos Anna Lívia e Bruno.
Muitos têm se manifestado sobre esta perda. Sugiro a leitura de poema de Ruy Proença, "Notícia", que parte de um presente que recebeu de Donizete e o relaciona à notícia do falecimento. Guilherme Gontijo Flores escreveu um "In memoriam" que combina memória, uma pequena antologia e comentários aos poemas escolhidos.
Escrevi, em meu texto anterior, que não havia nada de Donizete no youtube senão a leitura filmada por Fabio Weintraub. Felizmente, no dia primeiro de fevereiro, o editor Adilson Miguel colocou no youtube a participação de Donizete Galvão no documentário "Versos diversos: a poesia de hoje", dirigido pelo professor Ivan Marques, que a TV Cultura exibiu em 1999. Ele fala sobre a própria poesia: "Não sou um poeta de altos voos imaginativos. Minha poesia é mais ligada aos objetos, aos fragmentos." 
Modéstia à parte deste escritor, é claro que é necessário ter muita imaginação para fazer os objetos falarem. Talvez, no entanto, a imagem mais adequada, neste caso, não seja mesmo a do voo, e sim o de uma imaginação que brote da terra.
Da citação que faz, no vídeo, de Francis Ponge, sairia o título de um livro seu: Mundo mudo.
Em O Estado de S.Paulo, dois de seus amigos escreveram, elevando bastante o nível das notícias da imprensa diária: Mariana Ianelli falou da poesia, "Um olhar sobre a obra de Donizete Galvão", em 31 de janeiro, e Humberto Werneck, da amizade e da convivência, "Um artista do convívio", no dia 2.

Ainda sobre a convivência: no texto anterior deste blogue, incluí algumas das fotos que tirei de Donizete. Nesta ao lado, de 2007, anterior ao primeiro problema cardíaco que teve, ele abre um sorriso tão grande que decidi resgatá-la. Era aniversário de Veronica Stigger. Em pé, está o poeta Paulo Ferraz. Do fundo até chegar ao sorriso do poeta, estão a esposa de Paulo, Fernanda Crancianionova, a psicanalista Elaine Armenio, o filósofo Luiz Repa.


Mais uma do último lançamento, de O homem inacabado, em 2010, com Fabio Weintraub.
Termino também esta nota com a lembrança de que é necessário recolher sua obra para que não não cessem os leitores desta poesia. 
Talvez o melhor elogio fúnebre que se lhe possa fazer é o de que encontrará ainda mais leitores daqui em diante do que o fez até agora.



P.S.:  Vejo agora que Tarso de Melo fez uma lista com referência a textos sobre Donizete Galvão: http://tarsodemelo.wordpress.com/2014/02/05/presenca-ausencia-de-donizete-galvao/








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