Espero poder entrevistar em 17 de dezembro de 2020 com o professor Marcos Lemos a cantora e atriz Cida Moreira, às 18 horas. O evento é iniciativa do "Entreartes: conversas sobre a literatura brasileira", organizado por Lemos e Simone Rossinetti Rufinoni e ligado ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira da USP. Já foram realizadas entrevistas com Zeca Baleiro, Milton Hatoum e Bia Lessa, disponíveis no canal do programa. Nesta ligação, a conversa poderá ser acompanhada ao vivo.
Claro que fiquei muito feliz com o convite. Não falarei disso no momento, mas me lembro da primeira vez que a vi: foi na tevê, no chamado "Festival dos festivais", em que ela defendia "Novos rumos", de Rossini Ferreira e Ana Ivo, uma música de clima brasileiro e antigo (um choro), que não logrou premiação, mas de que gostei muito e foi uma das poucas desse momento que ficou em minha memória. No entanto, só a vi apresentar-se ao vivo depois de mudar-me para São Paulo, neste século.
Era 1985, e ela já tinha muita experiência artística, pois cantava e tocava piano desde a infância e, desde a década de 1970, se envolvera em diversos projetos teatrais importantes, entre eles "A ópera do malandro", além de "Ornitorrinco canta Brecht e Weill". Sua carreira impressionante inclui ainda o cinema e, no campo musical, abrange compositores tão diversos quanto Ligeti e Lamartine Babo, Janis Joplin e modinhas imperiais, Arrigo Barnabé e Custódio Mesquita, Amy Winehouse e Eduardo Dussek, Tom Waits e Hanns Eisler, entre outros. Sua identificação com Kurt Weill e Chico Buarque é muito celebrada.
Na coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, recomendo um volume dedicado a esta artista, escrito por Thiago Sogayar Bechara. Na conversa do Entreartes, buscaremos ouvir esta grande intérprete de Brecht sobre literatura brasileira.
O palco e o mundo
Eu, Pádua Fernandes, dei o título de meu primeiro livro a este blogue porque bem representa os temas sobre que pretendo escrever: assuntos da ordem do palco e da ordem do mundo, bem como aqueles que abrem as fronteiras. Como escreveu Murilo Mendes, de um lado temos "as ruas gritando de luzes e movimentos" e, de outro, "as colunas da ordem e da desordem".
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Cida Moreira fala no Entreartes
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