Trata-se de um uso linguístico e, como tal, não deve ser objeto de crítica (alguns teóricos denunciaram erro dos falantes, que ignoraram verbos como votar, deliberar, discutir etc.), mas apenas uma realidade a ser constatada.
A segunda hipótese tem recebido mais sufrágios na arena da etimologia. A palavra, um estrangeirismo evidente, veio do alemão. Gang, substantivo que indica, entre outras possibilidades, "andar", parece a alternativa mais provável. O significado de "prato" no âmbito de uma refeição (por exemplo, uma carne bovina cozida), bem como o de "marcha" de carro corroboram a hipótese.
Trata-se do andar apropriado (de carro, preferencialmente) para gozar de refeições.
Trata-se do andar apropriado (de carro, preferencialmente) para gozar de refeições.
Quantos irão? Tendo em vista que Gang também significa corredor, e que uma via estreita não admite uma multidão, mas apenas poucos eleitos, sabemos do caráter selecionado dos comensais deste curioso banquete.
Talvez não seja tão simples identificar o segundo radical da palavra. Há quem defenda Teller, o prato em que se comerão todas as iguarias do mencionado banquete. Outros, comovidos pelo caráter sacralizado das práticas indicadas pelo termo gangstêmer (que contavam até mesmo com sacerdotes, pastores para sua execução), veem em Tempel, templo, a possibilidade mais plausível para que entendamos o uso ecumênico (à direita e à esquerda) dessa palavra na cimeira do sistema político, enquanto permanecia rejeitada por mais de noventa por cento da população. Afinal, poucos falam alemão no Brasil.
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