O palco e o mundo


Eu, Pádua Fernandes, dei o título de meu primeiro livro a este blogue porque bem representa os temas sobre que pretendo escrever: assuntos da ordem do palco e da ordem do mundo, bem como aqueles que abrem as fronteiras. Como escreveu Murilo Mendes, de um lado temos "as ruas gritando de luzes e movimentos" e, de outro, "as colunas da ordem e da desordem".

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Desarquivando o Brasil LXXIV: Eventos da semana dos 45 anos do AI-5

Temos uma semana com vários eventos relativos à justiça de transição.
Haverá a VIII Blogagem Coletiva #DesarquivandoBr, desta vez com o tema dos 45 anos do Ato Institucional n. 5. Ela se estenderá dos dias 10 a 13 de dezembro; neste último dia, aniversário do AI-5, haverá um tuitaço à noite. Para participar e/ou acompanhar, sugiro a leitura da chamada, bem como os textos das blogagens anteriores, neste sítio: http://desarquivandobr.wordpress.com/2013/12/05/convocacao-para-a-viii-blogagem-coletiva-desarquivandobr/

Mencionarei somente os eventos presenciais de São Paulo, a que tenho esperança de comparecer. De hoje (não pude participar) até o dia 11, ocorrerá o "Ato público pela punição dos torturadores e assassinos". Nesses dias, serão ouvidas as testemunhas de acusação no caso do sequestro continuado de Edgar de Aquino Duarte. Os réus são o coronel reformado Brilhante Ustra e os delegados Carlos Alberto Augusto e Alcides Singillo. Como se trata de crime continuado, eis que os restos mortais - ou a própria vítima, viva - não foram encontrados até hoje, o juiz da 9a. Vara Criminal, Hélio Egydio Nogueira, considerou, acertadamente, que não se aplica a Lei de Anistia: http://www.sul21.com.br/jornal/todas-as-noticias/politica/justica-federal-nega-pedido-de-absolvicao-sumaria-de-ustra-e-da-continuidade-a-acao-penal/
Edgar de Aquino Duarte foi um dos delatados por Cabo Anselmo; sobre o seu caso, podem-se ler  http://www.desaparecidospoliticos.org.br/pessoa.php?id=277&m=3 e http://cemdp.sdh.gov.br/modules/desaparecidos/acervo/ficha/cid/211.


Também com o tema dos 45 anos, será concedido o 17o. Prêmio Santo Dias, outra vítima da repressão política, na ALESP, em evento da Comissão de Direitos da Pessoa Humana e da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo "Rubens Paiva". O evento articulará a repressão de ontem, com homenagem à imprensa que resistiu à ditadura, com a de hoje, com o "manifesto dos cineastas e artistas pela desmilitarização e reforma da segurança".
Ainda no tocante a essa Comissão da Verdade, ocorreu hoje, e outra audiência acontecerá amanhã, às 9 horas, sobre os casos de Ieda Santos Delgado e Issami Nakamura Okano. No dia 13, às 14 horas, a audiência será dedicada ao caso de Luiz Eduardo Merlino; no portal da Comissão, pode-se acompanhar a agenda: http://www.comissaodaverdade.org.br/index.php


No sábado, dia 14, o Memorial da Resistência abrirá nova exposição: "Os advogados da resistência: o direito em tempos de exceção". Ainda não sei quais dos poucos advogados de presos políticos estarão presentes, embora imagine que Rosa Cardoso, que é hoje membro da Comissão Nacional da Verdade, e teve como cliente, entre outros, Dilma Rousseff, deva estar lá. O sítio do Memorial é este: http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/





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