O palco e o mundo
Eu, Pádua Fernandes, dei o título de meu primeiro livro a este blogue porque bem representa os temas sobre que pretendo escrever: assuntos da ordem do palco e da ordem do mundo, bem como aqueles que abrem as fronteiras. Como escreveu Murilo Mendes, de um lado temos "as ruas gritando de luzes e movimentos" e, de outro, "as colunas da ordem e da desordem".
quarta-feira, 28 de março de 2012
V Blogagem Coletiva e Desarquivando o Brasil, de I a X
A jornalista Niara de Oliveira está convocando nova blogagem coletiva #DesarquivandoBR, de 28 de março a 02 de abril, com um twittaço em 31 de março e 1º de abril. Solicito aos blogueiros solidários com a causa da verdade a respeito do Brasil que participem, comunicando a adesão a Niara no blogue da jornalista.
Ela me pediu que reunisse os textos antigos. Já consegui fazê-lo com os dez primeiros. Alguns deles são comentários a documentos do acervo DEOPS/SP, a partir de pesquisa que fiz quando participei do Projeto Integrado Arquivo Público do Estado de São Paulo e Universidade de São Paulo (PROIN).
Desarquivando o Brasil: o projeto de lei para regulamentar o acesso à informação pública: Eu analisava o projeto que posteriormente foi aprovado, destacando os avanços que trazia para o acesso à informação.
Desarquivando o Brasil II: Investigando a OAB: Analiso um documento que mostra como a OAB era espionada mesmo antes de ingressar na resistência contra a ditadura militar. Destaco a atuação do grande jurista Heleno Fragoso, que acabou sendo preso por sua atuação contra o regime.
Desarquivando o Brasil III: Segurança nacional e batatinhas: Trata-se de um dos documentos que expliquei no Seminário Direito e Ditadura, organizado pelo PET da faculdade de Direito da UFSC: uma consulta do Conselho de Segurança Nacional sobre a safra agrícola em São Paulo.
Desarquivando o Brasil IV: o exemplo da Argentina: entrevista com Julián Axat Entrevista com o poeta, editor e jurista Julián Axat, em que trata do julgamento dos crimes contra a humanidade na Argentina, da organização HIJOS e da edição de textos de desaparecidos na coleção Los detectives salvajes, que pode ser lida nesta ligação.
Desarquivando o Brasil V: o assassinato de Olavo Hansen: comunismo e insuficiência renal aguda: Olavo Hansen foi um militante do Partido Operário Revolucionário Trotskista torturado e morto em maio de 1970 pela repressão política. Seu caso, que chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e à Organização Internacional do Trabalho, foi um dos que estudei na pesquisa dos documentos do DEOPS/SP.
Desarquivando o Brasil VI: o governo Geisel contra o direito internacional dos direitos humanos: Eu estava para fazer uma comunicação no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul e escrevi sobre o Pacote de Abril de 1977, uma das ocasiões em que a ditadura fechou o Congresso Nacional. O Ministro das Relações Exteriores, Antônio Azeredo da Silveira, havia insistido em dar uma fachada "constitucional" ao ato para a opinião pública internacional, o que corresponde ao que chamo de isolacionismo deceptivo.
Terra sem lei III e Desarquivando o Brasil VII: Belo Monte e as vítimas do Estado : Um texto sobre as relações entre Belo Monte e a ditadura militar, não pelo fato de o nefasto projeto remontar aos anos de autoritarismo, mas pela postura diante do Direito Internacional dos Direitos Humanos, a mesma naqueles anos e nos dias de hoje.
Desarquivando o Brasil VIII e Desbloqueando a Cidade I: a Marcha da Liberdade: Participei da marcha pela liberdade, proibida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, e escrevi sobre a marcha e as continuidades da cultura autoritária no Brasil. A presença da imagem de Olavo Hansen foi um dos motivos para a nota.
Desarquivando o Brasil IX: dizendo o incomunicável: Trato de palestra que eu iria dar no Congresso de Direitos Humanos da ULBRA, a convite de Moysés Pinto Neto, e que as cinzas vulcânicas chilenas impediram. A questão é a incomunicabilidade de presos políticos durante a ditadura militar, com uma denúncia feita pelo então deputado federal Hélio Navarro contra Hely Lopes Meirelles, na época secretário de segurança de São Paulo, que havia mantido os estudantes do congresso de Ibiúna ilegalmente incomunicáveis.
1964 e a Voz do Autor: Eduardo Sterzi e Desarquivando o Brasil X: Análise do brilhante poema "País", que Eduardo Sterzi, um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea, escreveu sobre os quarenta anos do golpe militar. O poema é uma crítica cortante a quem quer reduzir a política à dimensão da memória.
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