O palco e o mundo


Eu, Pádua Fernandes, dei o título de meu primeiro livro a este blogue porque bem representa os temas sobre que pretendo escrever: assuntos da ordem do palco e da ordem do mundo, bem como aqueles que abrem as fronteiras e instauram a desordem entre os dois campos.
Como escreveu Murilo Mendes, de um lado temos "as ruas gritando de luzes e movimentos" e, de outro, "as colunas da ordem e da desordem"; próximas, sempre.

domingo, 31 de março de 2013

VII Blogagem Coletiva e Desarquivando o Brasil XLIII a LIV

Já anunciei neste blogue a chamada para a VII Blogagem Coletiva #DesarquivandoBR, organizada pela jornalista Niara de Oliveira: http://desarquivandobr.wordpress.com/2013/03/24/vii-blogagem-coletiva-desarquivandobr/  Para quem quiser participar, como escritor ou apenas leitor, aviso que ela durará até 3 de abril.
Hoje e amanhã, sempre a partir das 21 horas, haverá um tuitaço #DesarquivandoBR, em razão do aniversário do golpe de 1964, que ainda é festejado por setores negacionistas, cada vez menores, da sociedade brasileira.
Ainda pretendo escrever uma ou duas notas. Reuni as referências de minhas primeiras notas sobre direito à memória e à verdade nesta ligação, por ocasião da VI Blogagem, em 23 de novembro de 2012: http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2012/11/vi-blogagem-coletiva-e-desarquivando-o.html
Para quem tiver interesse, indico agora os poucos textos posteriores, que incluem a lembrança das três conferências que dei na EHESS no início do ano.



Desarquivando o Brasil XLIII: Bob Wilson, ditadura e arte política. "[...] em 1974, Bob Wilson veio ao Brasil montar A vida e época de Dave Clark no I Festival Internacional de Teatro, organizado por Ruth Escobar, em uma empreitada esteticamente e politicamente corajosa da atriz e produtora. Dois agentes do DOPS foram assistir ao espetáculo, que durou 12 horas, do dia 13 ao 14 de abril."
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2012/11/desarquivando-o-brasil-xliii-bob-wilson.html

Desarquivando o Brasil XLIV: Araguaia e Marighella. "[...] não se deve esquecer que Marighella, no fim dos anos 1960, pensou no mesmo local para a guerrilha rural. Embora seu Minimanual do Guerrilheiro Urbano tivesse ficado célebre mundialmente nos anos 1970, o horizonte estratégico desse militante era o campo [...]".
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2012/11/desarquivando-o-brasil-xliv-araguaia-e.html

Desarquivando o Brasil XLV: Perseguidos de ontem e de hoje: As Caravanas da Anistia e as Mães de Maio. "A matéria do Jornal do Brasil, feita ainda durante os acontecimentos [...] deixou de mencionar que Paulo Abrão, de manhã, exibiu e sugeriu fortemente a leitura do livro das Mães de Maio, lançado na última quarta-feira no Sindicato dos Jornalistas, em São Paulo. [...]
Paulo Abrão ressaltou a continuidade dos abusos contra os direitos humanos da ditadura militar até hoje, e creio que ele tem razão."
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2012/12/desarquivando-o-brasil-xlv-perseguidos.html

Desarquivando o Brasil XLVI: A ditadura nas ruas da USP. "O reitor da época em que as 'medidas saneadoras' estavam sendo tomadas era Orlando Marques de Paiva, professor da Veterinária, que acabou dando o nome da rua onde se situa essa faculdade. Entre as razões para merecê-lo, provavelmente está o calamitoso depoimento que deu a comissão especial de inquérito aberta na ALESP em 1977, em razão do controle ideológico sofrido pela USP [...]".
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2012/12/desarquivando-o-brasil-xlvi-ditadura.html

Desarquivando o Brasil XLVII: Citações desconcertantes. "'Hoje, repito, todos os Estados adotam a forma jurídica para exprimir os seus comandos aos cidadãos. Assim, se não se levar em conta o conteúdo desses comandos, tanto são estado de direito os Estados Unidos ou França, como a União Soviética de ontem, a Alemanha nazista ou a Itália fascista.' Manoel Gonçalves Ferreira Filho, em entrevista publicada no Jornal do Brasil, 29 de maio de 1978."
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2012/12/desarquivando-o-brasil-xlvii-citacoes.html

Desarquivando o Brasil XLVIII: Conferências na EHESS e OAB vigiada. "Nos anos 1960, pelo contrário, a OAB assumiu uma postura oposicionista em relação a João Goulart e apoiou o golpe de Estado em 1964. Pode-se ler neste artigo de Marco Aurélio Vannucchi Leme de Mattos trecho de discurso de Povina Cavalcanti, em 7 de abril de 1964, em que o presidente do conselho federal da OAB afirma que não houve violação à Constituição no golpe (chamado de 'sobrevivência da nação')".
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2013/01/desarquivando-o-brasil-xlviii.html

O cerco à Aldeia Maracanã (Ruínas de Janeiro II, Terra sem Lei IX, Desarquivando o Brasil XLIX). "Uma continuidade, no entanto, que precede a ditadura militar é a de ver os índios como "obstáculo", o que é típico da ideologia desenvolvimentista. Shelton Davis tratou dessa questão em Vítimas do milagre: o desenvolvimento e os índios no Brasil, livro que não está comigo agora.
Cito-o muito indiretamente, portanto, de um relatório de espionagem sobre a trigésima reunião da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), feito pelo DOPS/SP [...]".
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2013/01/o-cerco-aldeia-maracana-ruinas-de.html

Desarquivando o Brasil L: Conferência na EHESS sobre a doutrina de segurança nacional. "Na minha segunda conferência na EHESS [...], sobre a doutrina de segurança nacional e o cidadão inimigo, o que mais causou surpresa foram as fontes francesas da doutrina."
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2013/01/desarquivando-o-brasil-l-conferencia-na.html

Desarquivando o Brasil LI: Conferência na EHESS e a Comissão da Verdade "Rubens Paiva".  "Nesse contexto, ser legalista era ser subversivo, o que se relaciona à perseguição sofrida por advogados de presos políticos e, depois, pela própria OAB, quando ela, anos depois de apoiar o golpe de estado, decidiu opor-se à ditadura. Dessa forma, a própria lei do regime podia ser usada para denunciá-lo, desmascarando suas pretensões a ser visto como democrático.
Posições esquemáticas, ou até mesmo topológicas, que vinculem automaticamente legalismo a conservadorismo, devem ser substituídas por um olhar atento às práticas sociais."
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2013/02/desarquivando-o-brasil-li-conferencia.html

Desarquivando o Brasil LII: 40 anos após a morte de Alexandre Vannucchi Leme. "Apesar de um certo mal-estar que os assuntos de justiça de transição e direito à memória e à verdade causam em boa parte dessa Universidade (e em outras instituições brasileiras), e também em razão desse mesmo sentimento, creio que a Comissão da Verdade da USP, em suas futuras atividades, deverá investigar documentos como o citado na informação secreta do DOPS/SP, de 18 de outubro de 1973, que pode ser lida ao lado."
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2013/03/desarquivando-o-brasil-lii-40-anos-apos.html

Desarquivando o Brasil LIII: Blogagem Coletiva e Dia Internacional do Direito à Verdade. "O Brasil começou neste ano a oficialmente festejar a data, criada pela ONU em 2010, em homenagem ao arcebispo de El Salvar Óscar Romero, assassinado em 1980. No Rio de Janeiro e em São Paulo, artistas organizaram eventos para a comemoração. Nos dois lugares, a escritora e psicanalista Maria Rita Kehl, que é um dos membros da Comissão Nacional da Verdade, apresentou os trabalhos."
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2013/03/desarquivando-o-brasil-liii-blogagem.html

Desarquivando o Brasil  LIV: Negacionismo de reserva no Brasil e no Chile. "O curioso documento admite o desaparecimento de vários oposicionistas (e deixa clara a resposabilidade de Pinochet, que tentava jogar toda a culpa sobre seu subordinado), mas quer demonstrar que a esquerda inventava acusações contra a DINA, Contreras e o ditador Em seu insistente negacionismo, chega a afirmar que o Chile havia sido o 'único país no mundo' a derrotar o 'terrorismo' com um 'mínimo de baixas humanas' [...]".
http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2013/03/desarquivando-o-brasil-liv-negacionismo.html



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