Fiz minha própria tradução de "Democracia" (Démocratie), que é um poema em prosa de Les illuminations. Provavelmente ele espelha o massacre da Comuna de Paris, motivo de uma das fugas de casa de Rimbaud.
Na sua visão sarcástica do progresso e do imperialismo, temos aqui um anti-Comte.
"A bandeira segue na paisagem imunda, e nosso patoá abafa o tambor.
"Nos centros alimentaremos a mais cínica prostituição. Masacraremos as revoltas lógicas.
"Aos países lúbricos e sem fibra!" - a serviço das mais monstruosas explorações industriais ou militares.
"Adeus ao aqui, não importa onde. Recrutas de boa vontade, teremos a filosofia feroz; ignorantes para a ciência, astutos para o conforto; arrebente-se o mundo que vai. Esta é a verdadeira marcha; avante, a caminho!"
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