O palco e o mundo


Eu, Pádua Fernandes, dei o título de meu primeiro livro a este blogue porque bem representa os temas sobre que pretendo escrever: assuntos da ordem do palco e da ordem do mundo, bem como aqueles que abrem as fronteiras e instauram a desordem entre os dois campos.
Como escreveu Murilo Mendes, de um lado temos "as ruas gritando de luzes e movimentos" e, de outro, "as colunas da ordem e da desordem"; próximas, sempre.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Edição argentina de Cálcio e lançamento de Musulmán o biopoética, de Julián Axat



Lançarei na Argentina, nesta quarta-feira, 29 de maio, às 18:30h, no Salón Auditorio Islas Malvinas (La Plata, calle 19 esq. 50) a tradução para o espanhol de Cálcio, livro de poesia que saiu originalmente pela editora Averno, de Lisboa, a convite de Manuel de Freitas. Agora, ele integra a coleção Los detectives salvajes (da editora Libros de la talita dorada), que congrega obras de autores que foram vítimas do terror de Estado, bem como escritores que abordem temas afins: http://librosdelatalitadorada.blogspot.com.br/2013/04/padua-fernandes-calcio.html
O poeta Aníbal Cristobo, argentino que viveu algum tempo no Brasil, tem bastante experiência com a poesia em português (por sinal, estreou em livro no Brasil, com Teste da Iguana) e hoje está na Espanha, fez a tradução. A capa continua a aproveitar a arte de Cláudio Mubarac.
Os poemas do livro tratam de tais assuntos: http://opalcoeomundo.blogspot.com.br/2012/11/novo-livro-calcio.html. Recentemente, Leonardo D'Ávila escreveu resenha sobre a edição portuguesa para o Sopro: http://culturaebarbarie.org/sopro/resenhas/calcio.html#.UaQ2MpwQNOY
Julián Axat, o editor da coleção, lançará na mesma ocasião o seu próprio Musulmán o biopoética. O título já revela o Agamben que está presente nesta poesia, dedicada aos menores pobres na Argentina, cuja situação, Axat o sabe desde sua experiência como defensor judicial em La Plata, não pode ser descrita apenas como "em conflito com a lei" (como usualmente se diz no direito). E, em analogia aos escrachos, escreveu: "Se não há justiça/ há poesia": http://librosdelatalitadorada.blogspot.com.br/2013/04/julian-axat-musulman-o-biopoetica.html
Creio que os dois livros têm em comum não questões formais (as soluções que encontramos, cada um em sua língua, são diferentes), e sim temas de biopolítica. É uma honra para mim aparecer com Axat, um dos melhores poetas de sua geração em língua espanhola nos dois lados do Atlântico.



Clicando sobre as imagens, as contracapas poderão ser lidas; Axat escreveu a de meu livro; Guido L. Croxatto, a de Musulmán.
Participará do lançamento o jornalista Horacio Cecchi, do Página 12.


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